A comunicação é uma das habilidades mais importantes no desenvolvimento infantil. Por isso, quando os pais percebem algum sinal de Atraso na Fala, é natural que surjam dúvidas e preocupações.
Mas afinal, em que momento esse atraso deixa de ser uma variação natural e passa a exigir uma avaliação profissional? Confira considerações a seguir!
Entenda o que é considerado atraso na fala
É comum que algumas crianças comecem a falar mais tarde do que outras. No entanto, há marcos do desenvolvimento que ajudam a identificar se esse atraso está dentro do esperado ou se há sinais de alerta que merecem atenção.
Entre os principais marcos do desenvolvimento da fala, destacam-se:
- Aos 12 meses: espera-se que a criança emita sons variados, balbucie e consiga dizer palavras simples como “mamãe” e “papai”;
- Aos 18 meses: o vocabulário geralmente começa a aumentar, com cerca de 20 palavras sendo usadas com intenção;
- Aos 2 anos: a criança já deve conseguir formar pequenas frases de duas palavras, como “quer água”;
- Aos 3 anos: a fala torna-se mais clara e compreensível para quem convive com a criança.
Se a criança estiver fora desses marcos, especialmente com dificuldade em se comunicar, formar frases simples ou apresentar pouco interesse por interações verbais, é importante considerar uma avaliação profissional.
Fatores que podem contribuir para o atraso na fala
Nem todo “Atraso na Fala” indica um problema mais sério, mas conhecer os fatores que podem influenciar esse desenvolvimento ajuda a compreender melhor cada caso.
Confira alguns deles abaixo e saiba quando eles merecem atenção.
Fatores comuns que impactam o desenvolvimento da fala
Algumas situações podem contribuir para atrasos na fala, sem necessariamente significar uma condição clínica. São exemplos:
- Ambiente com pouco estímulo verbal: crianças que não são estimuladas com conversas, músicas ou leituras podem levar mais tempo para desenvolver a linguagem;
- Uso excessivo de telas: o consumo exagerado de eletrônicos, principalmente de forma passiva, reduz as oportunidades de interação verbal;
- Histórico familiar: atrasos na fala em irmãos ou pais podem indicar uma predisposição genética, o que não significa que o desenvolvimento não ocorrerá de forma natural.
Sinais de que pode haver algo além de um atraso simples
Alguns sinais devem acender um alerta nos pais ou cuidadores, como por exemplo:
- Dificuldade em compreender comandos simples mesmo sem fala verbal desenvolvida;
- Ausência de contato visual, gestos ou expressões faciais durante interações;
- Desinteresse por brincadeiras que envolvam troca com outras pessoas;
- Histórico de infecções de ouvido frequentes, que podem afetar a audição.
Em casos como esses, o atraso na fala pode estar associado a questões neurológicas, auditivas ou transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo.
Quanto antes a avaliação for feita, mais tranquilo será o tratamento.
Quando e com quem buscar ajuda
Saber qual profissional procurar diante de um atraso na fala pode acelerar o cuidado e garantir um acompanhamento mais completo.
Profissionais que podem avaliar e orientar adequadamente incluem:
- Pediatra: é o primeiro profissional a observar o desenvolvimento da criança durante as consultas regulares. Ele pode orientar sobre o que é esperado em cada fase e indicar outros especialistas, se necessário;
- Fonoaudiólogo: é o profissional que avalia e trata distúrbios da comunicação, linguagem e fala. Ele pode iniciar um plano terapêutico específico e acompanhar a evolução da criança;
- Otorrinolaringologista: em casos com suspeita de perda auditiva ou infecções frequentes, este especialista avalia se há impacto na fala por causas físicas;
- Neuropediatra: caso o pediatra observe sinais de alteração no neurodesenvolvimento, o neuropediatra pode aprofundar a investigação e definir um diagnóstico mais preciso.
O atraso na fala pode ser manejado de forma personalizada, ajudando cada criança em sua expressão e comunicação.
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